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Católicos de aparência: um resultado alarmante

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Uma pesquisa feita em 2018, sobre a situação religiosa e pastoral da Igreja na Arquidiocese de São Paulo, em preparação para o sínodo arquidiocesano de SP, mostrou que apenas cerca de 5% (cinco por cento) dos católicos frequentam regularmente a Missa dominical; outros cerca de 25% (vinte e cinco por cento) frequentam a Missa de vez em quando. E são cerca de 70% (setenta por cento) dos católicos paulistanos que não frequentam a Missa nunca, ou quase nunca.

A partir dessa realidade constatamos uma realidade alarmante no Brasil, a de que muitos dos que se dizem católicos, são apenas católicos de aparência, ou melhor, católicos de IBGE. Católicos que não acreditam naquilo que a Santa Igreja ensina, que não seguem seus mandamentos, e que vivem em situação de pecado grave sem se preocuparem com as consequências, ou seja, como pagãos.

Separamos alguns artigos publicados pelo Cardeal de São Paulo Dom Odilo que, desde 2018 – ano de convocação do Sínodo Arquidiocesano de São Paulo, têm publicado análises com base em uma pesquisa realizada sobre a situação religiosa e pastoral das 295 paróquias territoriais.

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A REALIDADE FALA

Arquidiocese de São Paulo, 14 de Novembro de 2018.

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A pesquisa de campo sobre a realidade religiosa e pastoral da arquidiocese de São Paulo foi concluída com êxito, e agora começa a análise e a interpretação dos dados levantados. Antes de tudo, convém caracterizar essa pesquisa promovida pelo 1º sínodo da arquidiocese de São Paulo.

A pesquisa foi organizada pela Comissão Central de Coordenação do sínodo arquidiocesano. O suporte técnico foi oferecido por estudiosos da PUC-SP, de modo que, seguindo critérios rigorosos de pesquisas sociais, o resultado pudesse ter valor científico. Ao todo, foram elaboradas 111 questões, a serem respondidas pelos entrevistados: 18 delas podiam ser respondidas também por pessoas de outros credos ou por pessoas sem religião. As demais 93 perguntas eram dirigidas exclusivamente aos católicos. O foco da pesquisa, de fato, era conhecer melhor como está a situação dos católicos em relação à Igreja e desta com os católicos.

A meta era entrevistar 50 católicos, além de outros que também quisessem responder às perguntas em cada uma das 296 paróquias territoriais da arquidiocese de São Paulo. A pesquisa foi feita tendo como base os domicílios e não as pessoas encontradas nas ruas. Havia quotas diversas a serem preenchidas, tendo por base o sexo e as diversas faixas etárias. Ao todo, foram quase 300 voluntários que partiram a campo, com o tablet ou o celular à mão, recolhendo informações, que foram transmitidas imediatamente por meio de um aplicativo para uma central de dados. Apenas uma das paróquias não conseguiu completar as 50 entrevistas. Ao todo, foram feitas nada menos que 20.498 entrevistas, sendo 14.709 com católicos e 5.789 com não católicos. Houve também o número impressionante de 33.760 abordagens que não tiveram êxito, quando a pessoa se recusou, por algum motivo, a responder às perguntas.

Os resultados da pesquisa precisam, agora, ser criteriosamente examinados e interpretados. Na sua objetividade, eles ajudam a olhar com realismo para a situação religiosa e pastoral de nossa Arquidiocese e a perceber quais são e onde estão as questões que mais impactam de maneira positiva ou negativa a vida religiosa dos católicos. Ajudam a perceber acertos e falhas, lacunas e possibilidades no trabalho pastoral e evangelizador. Os dados da pesquisa também ajudam a perceber melhor quais são as questões que necessitam de maior atenção e até mesmo maior investimento, para potencializar experiências e iniciativas exitosas na evangelização. Em outras palavras, a pesquisa sobre a situação religiosa e pastoral da arquidiocese de São Paulo está sendo um aspecto do exercício de “olhar-se no espelho” e da escuta daquilo que o Espírito Santo diz à Igreja. A nós cabe abrir os olhos, os ouvidos e o entendimento para acolher com docilidade suas advertências e suas santas inspirações.

Alguns dados da pesquisa confirmam aquilo que já se sabia. Das pessoas que se declararam “não católicas”, 55,73% disseram que já foram católicas no passado. Isso nos deve preocupar, pois representa uma fuga silenciosa e constante da nossa Igreja. Resta ver se se tratou de católicos realmente bem entrosados na vida da Igreja no passado ou de católicos apenas nominais, como continua sendo a grande maioria dos nossos católicos. De toda maneira, são católicos que abandonaram a nossa Igreja. E quantos outros não se encontrarão em situação semelhante, prontos a acolher o primeiro convite mais forte e convincente que lhes chega para abandonar a Igreja Católica?

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Ao lhes ser perguntado sobre os motivos do abandono da fé católica, muitos responderam (38,59%) que foram bem acolhidos em outra Igreja ou religião; isso poderia equivaler, por sua vez, à falta de boa acolhida na nossa Igreja. E foram 30,78% os que responderam que não estavam satisfeitos na Igreja Católica; e 9,52% responderam que tiveram problemas com alguém na Igreja Católica. Esses números fazem pensar na necessidade de mudanças em certas atitudes e questões que têm muito mais a ver com o trato humano do que com questões de fé. De toda maneira, 30,04% dos entrevistados disseram que deixaram a Igreja Católica por discordar de seus ensinamentos; e 26,10% disseram que foram atraídos pela pregação melhor em outras igrejas do que na Católica.

Os dados da pesquisa falam e, embora se possa dar interpretações diversas a eles, é necessário levar em consideração essa pesquisa e aprender dela as lições que nos ensinam.

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo

Leia também: A Santa Missa e os abusos litúrgicos que ofuscam sua grandeza e seu mistério

A VALORIZAÇÃO DA EUCARISTIA

Arquidiocese de São Paulo, 20 de Junho de 2019 (CNBB Reginal Sul 1).

Há dois anos, convocamos o primeiro sínodo arquidiocesano de São Paulo e, agora, já estamos no meio do caminho sinodal. A realização de um sínodo é uma experiência eclesial de grande importância e significado, cujos frutos confiamos à ação do Espírito Santo. Nosso sínodo é um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” para toda a nossa Arquidiocese.

Não existe conversão e renovação missionária, sem uma renovada valorização da Eucaristia na nossa Igreja. A celebração de hoje mostra-nos a estreita relação existente entre Eucaristia, Igreja e missão. A Eucaristia é o Sacramento do Corpo e Sangue de Jesus Cristo, memorial de sua paixão, morte e ressurreição redentora. E a celebração da Eucaristia é o “Sacramento da Igreja”, que a torna visível, real e compreensível. A Igreja faz a Eucaristia mas, ainda mais, é a Eucaristia que faz a Igreja, comunidade dos discípulos reunidos com Jesus Cristo, alimentada, confortada e conduzida por Ele e sempre de novo enviada em missão.

Por isso tudo, hoje desejo recordar a importância da celebração e da participação do Sacramento da Eucaristia e da Missa em nossas paróquias e comunidades. A participação na Missa dominical é um preceito da Igreja, que não foi abolido e deve ser levado bem a sério pelo povo católico. A pesquisa de 2018, sobre a situação religiosa e pastoral da nossa Igreja em São Paulo, mostrou que apenas cerca de 5% (cinco por cento) dos católicos frequentam regularmente a Missa dominical; outros cerca de 25% (vinte e cinco por cento) frequentam a Missa de vez em quando. E são cerca de 70% (setenta por cento) dos católicos paulistanos que não frequentam a Missa nunca, ou quase nunca.

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Isso é muito preocupante, pois a não participação regular na Santa Missa tem como consequências quase inevitáveis o distanciamento da Igreja, a não identificação com ela e com sua mensagem e missão, o desconhecimento de seu significado e de sua doutrina, a perda da fé católica e o indiferentismo religioso. A participação regular na Missa dominical é a melhor forma de “iniciação” à fé católica e à participação na vida da Igreja; ela oferece o alimento da fé, aprofunda a comunhão com Deus e com os irmãos, ajuda a sentir-se parte deste “povo de Deus” que crê, celebra, professa, espera e testemunha.

Quem não participa regularmente da Missa dominical por onde alimenta sua fé católica? Caminha sozinho e se priva da força do testemunho da comunidade e não se alegra com essa comunidade. Com facilidade, perde o contato com a Igreja, vai se sentindo estranho a ela e tende a perder a fé católica. Portanto, nesta festa do Corpo e Sangue de Cristo, renovemos nossa fé neste sublime Mistério da fé. Peçamos o perdão, por não valorizarmos bastante esse presente de amor que Cristo nos deixou, para nos lembrarmos sempre dele, como ele nos recomendou: – “fazei isto em memória de mim”. E lhe agradeçamos por ter dado à sua Igreja este precioso dom.

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo

Leia também: A situação da Igreja: uma ameaça, uma chance

Pesquisa do sínodo indica caminhos para a conversão missionária da Igreja em São Paulo

Arquidiocese de São Paulo, 02 de Fevereiro de 2019 (O São Paulo).

A Arquidiocese de São Paulo publicou, em fevereiro, um subsídio com os resultados dos levantamentos das realidades religiosa e pastoral de suas paróquias. Esses dados, colhidos em 2018, ajudarão a orientar os trabalhos do sínodo arquidiocesano e auxiliar as paróquias e comunidades a identificar os desafios e possibilidades da renovação pastoral proposta pelo caminho sinodal.

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“As duas pesquisas, juntamente com as reflexões dos numerosos grupos sinodais, que se reuniram mensalmente em 2018 nas paróquias e contribuíram com observações e sugestões valiosas sobre a vida eclesial e pastoral em suas comunidades, são material farto para as assembleias do sínodo nas regiões episcopais e vicariatos ambientais em 2019, e também nas assembleias arquidiocesanas do sínodo, em 2020”, explicou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na apresentação do subsídio.

Ainda segundo Dom Odilo, os levantamentos forneceram informações sobre o “estado das coisas”, no que se refere à situação religiosa do povo de São Paulo, “às relações da Igreja com o povo e vice-versa, às lacunas e desafios mais urgentes, que demandam ‘conversão missionária’”.

PESQUISA DE CAMPO

O levantamento de campo foi pensado pela Comissão de Coordenação Geral do sínodo, que elaborou as 111 perguntas (algumas com a tabulação ds respostas abaixo), para abordar a realidade paroquial em toda a Arquidiocese de São Paulo. O objetivo foi realizar um levantamento da situação religiosa e pastoral das 295 paróquias territoriais.

O subsídio destaca que essa pesquisa revelou até que ponto a mensagem da Igreja Católica em São Paulo alcança os católicos e por quais meios e métodos. “Ela ajuda a perceber os pontos fortes e fracos, bem como as lacunas e formas inadequadas da evangelização.”

Os dados também revelam o grau de eficácia dos trabalhos pastorais e evangelizadores e, de forma pontual, o nível de identificação dos católicos com a Igreja, com sua pregação e sua doutrina. “Ajudou a perceber o grau de participação e satisfação dos fiéis com a Igreja, bem como os seus anseios e expectativas”, acrescentou o Arcebispo.

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METODOLOGIA

Após a elaboração, o questionário foi submetido aos técnicos da Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais (Cedepe) da PUC-SP, para que a pesquisa tivesse critérios válidos e científicos.

Os cerca de 300 pesquisadores voluntários visitaram vários domicílios localizados no território paroquial, também segundo critérios metodológicos. O questionário foi feito por meio de um aplicativo para dispositivo digital e enviado pela internet para um banco de dados.

A primeira parte do questionário, com 20 questões, foi respondida por católicos e não católicos, e continha questões gerais e preliminares. A segunda foi respondida apenas pelos católicos.

AMOSTRA

A pesquisa foi realizada entre os meses de junho e setembro de 2018, e, para que tivesse caráter científico, foi estabelecida uma cota de 50 católicos por paróquia. Também foi definido um número de entrevistas por sexo e faixa etária, considerando os dados do último Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010.

Os voluntários realizaram 54.258 abordagens para concluir a pesquisa. Desse total, 20.498 pessoas se dispuseram a responder ao questionário e 33.760 pessoas se recusaram. Entre aqueles que responderam, 14.709 eram católicos e 5.789 eram não católicos.

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LEVANTAMENTO PAROQUIAL

A segunda pesquisa foi direcionada aos padres e seus colaboradores mais próximos nas paróquias, para obter informações sobre os serviços de evangelização e pastoral realizados nas paróquias durante um período determinado.

Foram contabilizados dados como número de missas e a participação do povo, batismos, matrimônios, crismas, primeiras comunhões, visitas a doentes, funerais, organizações pastorais, animação missionária, iniciativas de catequese e de formação na fé, caridade e solidariedade social, vocações, sustentação da Igreja e das iniciativas pastorais, presença pública da Igreja no bairro e na cidade.

Para Dom Odilo, esse levantamento poderá ajudar as paróquias a tomar uma nova consciência de si mesmas. “De fato, não se pode prosseguir na ação pastoral ‘como sempre se fez’ e como se tudo continuasse ‘como sempre foi’, sem levar em conta as vastas e profundas mudanças que atingem o povo católico e também as organizações e iniciativas eclesiais”, disse.

111 – Por quais motivos você continua firme na Igreja Católica: Em 1º lugar, em 2º lugar e em 3º lugar? (Mostre as alternativas para o entrevistado, deixe que ele as leia e pergunte.) – (Os dados revelam um perfil das motivações de fé, e merecem atenção)

Porque nasci e cresci nessa Igreja

8.181

67,85%

Ela me oferece a fé verdadeira e segura

6.13750,90%

Por causa dos valores que a Igreja Católica defende e ensina

5.16742,85%

Por causa de Nossa Senhora

4.76639,53%
Por causa da Eucaristia/Missa e da Confissão4.51737,46%
Nenhuma das alternativas6075,03%
Total12.058100,0%

101- Você acha que a Igreja deva defender e valorizar a vida humana, desde a concepção até a morte natural – ser contra o aborto e contra a eutánasia

Sim

10.896

74,08%

Não sei

2.348

15,96%

Não

1.4659,96%
Total14.709100,00%

42- Indique, por ordem de importância, as 3 qualidades de homilia (sermão): Em 1° lugar, em 2° lugar e em 3° lugar? (Mostre as alternativas para o entrevistado, deixe que ele as leia e pergunte.) – (O conteúdo das homílias é valorizado pelos católicos)

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Que explique a palavra de Deus11.11183,12%
Que mostre como deve ser vivida a fé8.30862, 15%
Que fale com clareza7.33754,88%
Que leve a agradecer, louvar e crer com Deus

6.760

50,57%
Que seja bem preparada4.76735,66%
Nenhuma das altermativas2581,93%

77- Se seus filhos estão acima de 8 anos, eles frequentam a catequese?- (Muito espaço para ação catequética)

Sim

10.756

73,13%

Tenho dúvidas

3.227

21,94%

Não7264,64%
Total14.709100,00%

17- Qual é a sua religião? – (O povo ainda é religioso)

Católica

14.709

71,76%

Evangélica

3.088

15,06%

Espírita

1.1925,82%
Sem religião8784,28%
Outra religião3911,91%
De Matriz Afro1880,92%
Judaica280,14%
Muçulmana240,12%
Total20.498100,00%

64- Indique, por ordem de preferência, 3 iniciativas que gostaria de participar: Em 1° lugar, em 2° lugar e em 3° lugar (mostre as alternativas para o entrevistado, deixe que ele as leia e pergunte.) – (Desejo de aprofundar a fé e a vida cristã)

Estudos bíblicos5.65259,27%
Grupo de oração4.31045,20%
Encontros de formação4.01742, 12%
Retiro3.98141,75%
Catequese para adultos3.55837,31%
Peregrinação2.09521,97%
Nenhuma das alternativas4905,14%

75 – Seus filhos foram batizados na Igreja Católica Apostólica Romana?

Sim, todos foram batizados na Igreja Católica Apostólica Romana

7.75187,97%

Não foram batizados na Igreja Católica Apostólica Romana

5776,55%

Nem todos foram batizados na Igreja Católica Apostólica Romana

4835,48%

Total

8.811100,00%


Leia também: Como poderemos crescer na fé quando muitos padres e bispos não querem ajudar?

Segundo o subsídio, os dados da pesquisa apontam alguns indicativos para que a Igreja cumpra sua missão em São Paulo:

1.Uma Igreja mais presente no meio das casas, dos bairros, das escolas, dos hospitais, das periferias do seu território, dos novos âmbitos socioculturais. Daí a necessidade de realizar constantes visitas missionárias, de realizar uma inserção pastoral mais contundente em todos os níveis.

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2. Uma Igreja que investe na iniciação cristã e acompanha os fiéis batizados no amadurecimento da fé e crescimento pessoal integral.

3. Uma Igreja que envolva todos os fiéis em participação e comunhão, para que estes se despertem à “pertença da comunidade eclesial”.

4. Uma Igreja que atue na cidade por meio de uma pastoral orgânica, viva e de conjunto.

Dados permitem identificar desafios e possibilidades para a evangelização

Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, foi um dos responsáveis pela organização da pesquisa e elaboração do subsídio. Ele explicou ao O SÃO PAULO que o resultado dos levantamentos não pode ser visto com um olhar negativo, voltado para as falhas identificadas, mas, sim, como desafios, possibilidades, um campo aberto para a missão.

“Se o Papa Francisco nos fala para sermos uma ‘Igreja em saída’, esses levantamentos do sínodo nos permitem ver aonde precisamos chegar e desempenhar melhor nossa missão. A pesquisa aponta quais são os grandes desafios da Arquidiocese de São Paulo nos próximos anos”, destacou o Bispo.

ATIVIDADE MISSIONÁRIA

Ainda segundo Dom Devair, a própria realização da pesquisa, no formato que foi concebida e desenvolvida, pode ser considerada uma atividade missionária. “É a Igreja que vai ao encontro das pessoas para saber quais são os desafios para a nossa ação pastoral e evangelizadora”, enfatizou.

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O Bispo também ressaltou que a pesquisa não foi realizada nas portas das igrejas, mas por meio de visitas domiciliares. “É por isso que ela traz informações não só dos católicos, mas também daqueles que não são católicos e se dispuseram a responder.”

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ANÁLISE AMPLA

O Vigário Episcopal informou, ainda, que as respostas do questionário foram agrupadas no subsídio segundo determinados assuntos, de modo que seja possível fazer uma análise aprofundada e ampla dos dados. Ao lado das perguntas, foram inseridos pequenos comentários para provocar reflexões e análises.

“Os dados da pesquisa de campo e do levantamento paroquial ficam, agora, à disposição de toda a Arquidiocese de São Paulo, especialmente dos participantes das assembleias sinodais, dos Conselhos Paroquiais de Pastoral, do clero, dos teólogos, pastoralistas e estudiosos, para que a compreensão da ‘linguagem da realidade’ possa ajudar a alcançar o maior fruto da missão da Igreja em São Paulo”, concluiu o Cardeal Scherer.

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