Categorias
Santo do Dia

Santo Osvaldo de Nortúmbria – 5 de agosto

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare

SANTO DO DIA – 05 DE AGOSTO – SANTO OSVALDO DE NORTÚMBRIA
Rei da Nortúmbria (604-642)

Osvaldo nasceu em 604. Era filho do rei pagão Etelfrit, da Nortúmbria, futura Inglaterra, e da princesa Acha. O reino foi invadido em 616, quando seu pai morreu na batalha contra o rei Edin, que assumiu o trono e depois fundou a cidade de Edimburgo.

Acha e seus 11 filhos fugiram para a Corte do rei da Escócia, onde todos se converteram. As crianças foram entregues aos cuidados dos beneditinos do Mosteiro de Iona, fundado em 563 por são Columbano, famoso centro de formação e estudos. Lá receberam sólida formação acadêmica e religiosa, adequada aos fidalgos e no seguimento de Cristo.

Osvaldo destacava-se pelo belo porte físico, pela inteligência e pela caridade cristã. Tinha um sorriso franco, era bom e generoso, não distinguindo ricos e pobres. Era um hábil e capacitado estrategista militar, treinado pelo pequeno, mas potente exército do rei da Escócia, que muito o apreciava. Curioso mesmo era o seu animal de estimação: um falcão que lhe obedecia e pousava-lhe na mão.

Quando o rei Edin morreu, em 633, Osvaldo formou seu exército, pequeno e eficaz, e venceu a famosa batalha de Havenfield, em 634, com o usurpador tombando morto. Osvaldo assumiu o trono como legítimo rei da Nortúmbria. Contam os registros históricos que, antes desse combate, ele teve uma visão de são Columbano, que o orientou a rezar junto com seus soldados antes de partir para o combate. Ele obedeceu. Mandou erguer uma grande cruz no centro do campo onde estavam, ajoelhou-se diante dela, pedindo aos soldados, quase todos pagãos, que fizessem o mesmo. Assim postado, com fé e humildade, o futuro rei pediu a Deus proteção e liberdade para seu povo oprimido pelos inimigos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O rei Osvaldo sempre atribuiu essa vitória à intercessão de são Columbano e à proteção de Cristo. Depois de coroado, todo o exército converteu-se. Mandou chamar os monges escoceses do Mosteiro de Iona para pregarem o Evangelho no seu reino. Ele mesmo traduzia para o povo os sermões, conseguindo muitas conversões. Construiu igrejas, mosteiros, cemitérios, hospitais, asilos e creches, distribuiu riquezas e promoveu prosperidade e caridade ao povo.

Casou-se com a princesa Cineburga, filha do rei pagão de Wessex, hoje também Inglaterra. Em seguida, convenceu o sogro a permitir uma missão evangelizadora de monges escoceses no seu reino, que acabaram convertendo também o rei. A Igreja deve à fé do rei Osvaldo o grande impulso para a evangelização do povo inglês e o estabelecimento da vida monástica na ilha britânica. O rei da Nortúmbria morreu em combate em 642, defendendo o seu povo de invasores pagãos.

Amado e venerado como santo em vida, a fama de sua santidade ganhou destaque junto aos povos de língua inglesa graças à divulgação dos monges beneditinos. Depois, o venerável Beda, monge famoso pela santidade e sabedoria na doutrina, reivindicou o título de mártir a santo Osvaldo da Nortúmbria, por ter morrido em combate contra os pagãos. Sua festa é uma tradição antiga, e a Igreja manteve a celebração no dia 5 de agosto.

Santo Osvaldo, rei do Northumbros

santo osvaldo.jpg

Pelo ano 640, o Papa Honório mandou à Inglaterra São Birin, que prometia ir ao interior do país, onde ninguém ainda tinha pregado o Evangelho. Para esse fim foi sagrado bispo por Astério, Bispo de Gênova. Mas, tendo chegado à Bretanha, entre os Gevisses depois Saxões ou Saxões ocidentais, e encontrando-os todos ainda pagãos, julgou inútil ir procurar além outros infiéis. Converteu-lhes o rei chamado Cinegislo, e, depois de o ter instruído, batizou-o com seu povo. Santo Osvaldo, rei dos Northumbros estava presente e recebeu o rei, da fonte batismal, cuja filha depois, desposou. Os dois reis deram a São Birin a cidade de Dorcinque, hoje Dorcester, para, lá estabelecer a sé episcopal. Ele construiu várias igrejas e as consagrou, e também aí morreu, depois de ter convertido por seu trabalho muitos povos. A igreja honra-lhe a memória a 3 de Dezembro. No seu tempo, um piedoso sábio solitário, chamado Meidulfo, fundou o mosteiro famoso de Malmesbury.

Santo Osvaldo, rei do Northumbros, era sobrinho do santo rei Edwin. Mas não o substituiu imediatamente. Primeiro o reino foi dividido entre dois reis, que, depois de terem recebido o batismo, recaíram na idolatria. Reinaram pouco, pois, no mesmo ano de sua apostasia, ano que os ingleses, por isso mesmo chamaram de funesto, foram derrotados e mortos por Cedwalla, rei dos bretões

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Santo Osvaldo, irmão de um desses reis, vingou-lhe a morte e, com um pequeno exército, derrotou as tropas imensas de Cedwalla, que também foi morto. Atribuiu-se essa vitória à piedade do rei Osvaldo, pois, para se preparar ao combate, fincou uma cruz e gritou a todo o exército: Ponhamo-nos de joelhos e roguemos a Deus, todos juntos, que nos defenda desse soberbo inimigo, pois que sabe que empreendemos esta guerra justa pela salvação de nossa pátria. Esse lugar chama-se Campo Celeste: aí, realizaram-se vários milagres e cortavam-se pedacinhos dessa cruz, que se punham na água, para curar homens e animais.

Logo que Santo Osvaldo se estabeleceu em seu reino, pensou em tornar cristão todo o povo. Para esse fim, mandou aos anciãos dos escoceses, isto é, irlandeses, entre os quais tinha recebido o batismo, pedir um bispo para instruir os ingleses, seus súditos. Mandaram-lhe primeiro um homem austero que, tendo pregado algum tempo, sem resultado, voltou ao país e disse na assembléia dos anciãos que nada tinha podido fazer por que o tinham mandado a bárbaros, de um espírito duro e indomável. Reuniu-se então um conselho, com grande desejo de se cuidar da salvação daquela gente. Um dos presentes, chamado Aidano, disse ao padre que tinha sido mandado:

– Parece-me, meu irmão, que fostes mais duro do que era preciso com aquele povo grosseiro e que não começastes, segundo a doutrina do apóstolo, por lhes dar o leito suave da instrução, até que fossem capazes de deveres mais perfeitos. Todos os presentes voltaram os olhos para Aidano e, depois de terem bem examinado suas palavras, resolveram mandá-lo para a instrução daquele povo, como excelente em discrição, que é a mãe das virtudes.

Os escoceses, a quem o rei Osvaldo se dirigiu eram monges da ilha de Hi e do mosteiro fundado por São Colombo ou Colombano, o antigo, no século precedente. O padre Segeno, era-lhe então o abade e foi ele que mandou São Aidano ao rei Osvaldo, com outros monges, depois de o ter sagrado bispo. O santo bispo começou a pregar e a estabelecer a nova igreja. Viu-se então, muitas vezes, um espetáculo admirável. Enquanto o biospo pregava, como não sabia inglês, o rei servia-lhe de intérprete aos seus duques e oficiais, tendo aprendido perfeitamente a língua irlandesa em seu auxílio. Desde esse tempo, vários irlandeses vinham cada dia pregar a fé com grande zelo, nas províncias sujeitas ao rei Osvaldo e os que eram padres administravam o batismo. Construíram-se igrejas em diversos lugares e o réu dava liberalmente as terras para se fundarem mosteiros onde os jovens ingleses aprendiam as letras e a disciplina regular. Pois esses missionários irlandeses eram na maior parte dos monges, bem como Santo Aidano, seu Bispo.

Ele praticava por primeiro o que ensinava. Desapegado de todos os bens do mundo, quando os reis ou os ricos davam alguma coisa, comprazia-se em o distribuir aos pobres, que encontrava. Ia ordinariamente a pé, não somente pelas cidades, mas pelos campos e detinha-se com os que encontrava, pobres ou ricos, para os convidar a receber o batismo, se eram infiéis, ou se eram cristãos, para os fortalecer na fé e os excitar à esmola e às boas obras. Queria que todos os que o acompanhavam, clérigos ou leigos, dedicassem um momento todos os dias à leitura das Sagradas Escrituras e a aprender os salmos. Se o rei convidava à sua mesa, o que era raro, entrava com um clérigo ou dois; e, depois de ter tomado um pouco de alimento, apressava-se em sair para se dar com os seus, à leitura e à oração. A seu exemplo, as pessoas piedosas deu e outro sexo, tomaram o costume de jejuar todo o ano, fora o tempo pascal, as quartas-feiras e as sextas-feiras, até à hora de nona.

santo osvaldo_2.jpg

Nem o respeito,, nem o temos o impediam Santo Aidano de repreender com força as pessoas poderosas; e, quando ele as recebia em sua casa, não lhes dava presentes em dinheiro mas somente em víveres; se lhe davam dinheiro, com ele resgatava os escravos. Vários deles que tinham assim libertado foram seus discípulos e levou alguns até o episcopado. Havia apenas um ponto no qual o zelo de Santo Aidano não era muito esclarecido. É que, segundo a tradição dos irlandeses setentrionais, celebrava a Páscoa no dia da décima-quarta lua, contanto que fosse um domingo. Essa tradição, observa o venerável Beda, vinha originariamente de que os irlandeses, estando colocados fora do mundo, ninguém jamais lhes havia mandado cartas pascoais.

Santo Osvaldo era o mais poderoso rei da Inglaterra e governava quatro nações que habitavam naquela ilha e que falavam cada qual sua língua: bretões, pictos, escoceses e ingleses. Todavia, aproveitou-se tão bem das instruções de Santo Aidano, que se tornou humilde, manso para com os pobres e estrangeiros e muito liberal.

Num dia de Páscoa, quando estava à mesa com o santo bispo, e iam estender a mão para abençoar o pão, o oficial encarregado de receber os pobres entrou de repente e disse-lhe que de todos os lados tinham vindo uma grande multidão, que estava assentada nas ruas, esperando esmola. Osvaldo ordenou imediatamente que lhes levassem um prato de prata que se tinha servido diante dele e que o fizessem em pedaços para se lhes distribuir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Comovidos por tal caridade o bispo tomou-o pela mão direita e disse: Que jamais essa mão se altere! E realizou-se aquele voto.Pois alguns anos depois, o santo rei, tendo sucumbido numa batalha, a 5 de Agosto de 642, puseram sua mão numa caixa onde ela ainda se conservava incorrupta, no tempo do venerável Beda.

Fotos: santiebeati.it
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIV, p. 162 à 166)

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Clique aqui para fazer uma doação