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Santo do Dia – 07 de Agosto – São Caetano de Thiene

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SANTO DO DIA – 07 DE AGOSTO – SÃO CAETANO DE THIENE
Sacerdote e fundador (1480-1547)

Caetano nasceu em Vicenza, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis.

Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos 24 anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade.

Em 1506, estava em Roma, exercendo a função de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Para melhor compreender, basta lembrar que ele viveu no período do esplendor renascentista, no qual o próprio Vaticano não primava pelo exemplo de moralidade e nem brilhava pela santidade dos costumes.

Assim sendo, como homem inteligente e preparado, não se retirou para um ermo; ao contrário, encorajou-se para uma ação reformadora, começando por si mesmo. Costumava dizer que ‘Cristo espera e ninguém se mexe’. Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Só então, depois de muita reflexão, decidiu-se pela ordenação sacerdotal, em 1516.

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Tinha 36 anos de idade quando celebrou sua primeira missa na basílica de Santa Maria Maior. Nesta ocasião, ele mesmo relatou depois, Nossa Senhora apareceu-lhe e colocou-lhe nos braços o Menino Jesus. Foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável, voltou para Roma, onde, na companhia dos companheiros do Oratório — Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete —, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.

Quando o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum. O mesmo ocorreu com o bispo Carafa, que abdicou também da sua vida episcopal. Anos mais tarde, ele veio a tornar-se o papa Paulo IV, um dos grandes reformadores da Igreja.

A nova congregação começou somente com os quatro, depois passaram para 12, e esse número aumentou bastante em pouco tempo. São os primeiros clérigos regulares. Não são monges, pois são de vida ativa, porém vivendo em obediência: sob uma regra de vida comum, como religiosos, cujos membros renunciam a todos os seus bens terrenos, devendo viver de seu trabalho apostólico e de ofertas espontâneas dadas pelos fiéis, contando apenas com a Providência divina. Carafa foi o primeiro superior geral, embora a ideia da fundação fosse de Caetano de Thiene, que, na sua humildade, sempre se manteve de lado.

Caetano morreu de fadiga, após uma vida de muito trabalho e sofrimento, aos 66 anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547. Foi canonizado em 1671. O seu corpo é venerado no dia de sua morte, na belíssima basílica de São Paulo Maior, mas que é chamada por todos os fieis e peregrinos de basílica de São Caetano, localizada na praça principal da cidade.

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Conheça mais sobre São Caetano

Nascido em outubro de 1480 em Vicenza, na Itália, Caetano perdeu prematuramente seu pai, morto em um conflito armado. Em sua formação teve ele o apoio de sua mãe, profundamente cristã, e que era terciária dominicana. Estudou Direito Civil e Direito Canônico, e recebeu a ordenação presbiteral em 30 de setembro de 1516.

Em Roma tornou-se Protonotário do Papa Julio II, e já era conhecido pelo povo como o “padre santo”, mas a Cidade Eterna lhe causou espanto, a ponto de referir-se a ela, em uma carta, como “essa cidade que já foi santa, mas que agora tornou-se uma Babilônia”.

Visando a reforma religiosa (contra-reforma, também chamada Reforma Católica), Caetano uniu-se ao bispo de Chieti (Theates, em latim) João Pedro Carafa (que futuramente seria elevado ao sumo pontificado com o nome de Paulo IV) e aospadres Bonifácio de Colle e Paulo Consiglieri, com eles fundando a Ordem dos Clérigos Regulares, que passou a ser conhecida como ordem dos Teatinos. Essa foi a primeira ordem religiosa da Reforma Católica, enfrentando os problemas religiosos que se alastraram na Europa no século XVI.

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“Nada pedir e nada possuir”: esse era o desejo de Caetano e que passou a fazer parte do carisma teatino. Essas palavras contrastavam com o nepotismo reinante na época, quando pessoas pouco virtuosas e pobres em conhecimentos eram alçadas a cargos de responsabilidade espiritual. O desapego dos teatinos aos bens terrenos evidenciava uma ostensiva prova de confiança na Providência: nada pediam, mas apenas aceitavam o que lhes era dado, e os alimentos recebidos e não consumidos no mesmo dia eram doados aos pobres (pois o dia seguinte seria outro dia com necessidades a serem supridas novamente por Deus). Ou seja: pobreza comunitária, além da pobreza individual; não se apoiar nas rendas ou entradas fixas, nem sequer na mendicância, vivendo apenas dos frutos do ministério pastoral e dos donativos espontaneamente oferecidos.

Nascido em família rica, Caetano fez-se pobre por amor a Cristo. Ele mostrou, com seu estilo de vida, que a mudança na sociedade deve ser iniciada com a mudança no próprio indivíduo, ou seja, em si mesmo, contrastando assim com os numerosos “reformadores não-reformados” que freqüentemente surgiam na sociedade de então (e que continuam a surgir nos dias atuais).

A Eucaristia era a fonte que supria Caetano com a necessária energia para a vida cristã, religiosa e sacerdotal: celebrava ele diariamente a Santa Missa, ao contrário do que ocorria com a maior parte dos membros do clero na época.

Sua vida foi um testemunho de amor ao próximo. Disse ele: “servir e amar a Deus, renegar a si mesmo e sacrificar-se pelos outros; eis o segredo da vida cristã e sacerdotal”. Em uma carta aconselhou: “esqueça-se completamente de si e busque no próximo somente a face de Jesus crucificado”.

Entre outros títulos, São Caetano é conhecido como o pacificador dos tumultos populares: morreu em Nápoles em 7 de agosto de 1547, oferecendo-se em holocausto pela paz nessa cidade, sendo o seu sacrifício imediatamente aceito, pois o conflito que se abatera sobre a cidade cessou. No centenário de sua morte os religiosos teatinos elegeram padroeira de sua ordem a Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora da Pureza.

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Fontes: Humilité et grandeur spirituelle de Saint Gaétan de Thiene (Pasquale Di Pietro, 1998); Província dos Teatinos no Brasil (www.teatinosnobrasil.com.br).

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