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Análise e Opinião

Um debate histórico sobre o Concílio Vaticano II

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Imagine o leitor a seguinte possibilidade: um debate num programa de televisão em cadeia nacional onde o tema é o quanto as mudanças na Igreja Católica após o Concílio Vaticano II foram benéficas ou prejudiciais ao catolicismo. Os debatedores são um leigo tradicionalista, autor de vários livros sobre o tema, e um padre, também ele autor de livros e liturgista, apoiador das reformas conciliares. O mediador, também católico, propõe temas que vão desde a suspensão de um teólogo liberal pelo Papa até as mudanças na Missa católica e seus efeitos. O programa também conta com um “examinador”, um padre jesuíta doutorado em línguas semíticas e estudioso dos Manuscritos do Mar Morto, também autor de inúmeros livros. Sua função é intervir nos vinte minutos finais questionando os debatedores sobre alguns pontos defendidos por cada um ao longo do debate.

Um evento como esse, tão improvável quanto possa parecer em nossos dias, realizou-se há quase 40 anos. Foi ao ar em 4 de maio de 1980, pouco mais de um ano e meio após a eleição do Papa João Paulo II. O programa é “Firing Line” (Linha de Fogo) e a TV é a PBS americana. O apresentador, o saudoso William Buckley Jr.; o leigo debatedor é simplesmente Michael Davies, que estava então a concluir sua trilogia “Revolução Litúrgica”; o liberal, o Padre Joseph Champlin. Na posição de examinador encontramos ninguém menos que o Padre Malachi Martin.

A Luta pela Ortodoxia Católica

Episódio da série “Firing Line”, da Rede PBS, gravado em Nova Iorque no dia 22 de abril de 1980 e transmitido originalmente em 04 de maio de 1980.

Essa preciosidade histórica está disponível agora, em vídeo com legendas em português, no link acima. Após apenas quinze anos desde o encerramento do Concílio, e dez do aparecimento da Missa Nova, um debate sério sobre temas que continuam atuais, testemunhando que, desde muito cedo na revolução que tomou de assalto a Igreja de Cristo no século passado, houve católicos que viram claramente o que estava acontecendo e fizeram o que estava ao seu alcance para alertar seus irmãos. Seu alerta chega até nós como um lembrete de que suas vozes, mesmo distantes no tempo, continuam com o mesmo peso e lucidez de então. E por que nos falam tão vivamente apesar da distância? Porque não fazem mais do que expressar a Verdade. E essa é atemporal. Aproveite.

Texto: fratresinunum

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